Corre, contra o tempo, pois sabe que seu limite já passou.
Almeja grandes sonhos, infantis.
Se perde de si mesmo, pois ainda não sabe quem é de verdade.
Se enche de si e toma títulos e honras que não lhe pertencem.
Poeta, filosofo, sábio, nada disso ele é de verdade.
Seu ego lhe domina com qualquer elogio mínimo.
É frágil, como vidro comum, que ao se partir, fere e rasga.
Sentimental demais, deixa que suas dores o paralisem.
Racional demais, deixa que seus pensamentos o privem de viver.
Tolo demais, almeja ver o bem em todos.
Atrasado demais, só percebe os erros quando já os cometeu.
Ansioso demais, se perde em seus planos futuros.
Depressivo demais, se perde em seu passado longínquo.
Almeja a luz, quando é cheio de suas próprias sombras.
Tenta fugir da escuridão, mas só se perde nas sombras alheias.
Escreve, verseja e questiona, pois é tudo que pode fazer, para tentar alcançar a si mesmo.
Humano demais, se vê perdido no mundo, tanto o real, quanto o interno.
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