terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Rabiscos no Ônibus

A vida apresenta desafios maiores do que pareço ser capaz de suportar e ainda assim suporto.

O tempo passa, é essa sua função e assim torna-se algoz dos sonhos e esperanças alheias.

As palavras se fixam no papel, há quem as chame de poesia, há quem não se importe com elas e há tolos que as escrevem.

“Todo poeta é um perdedor...”, alguém escreveu um dia. Achei as palavras pesadas na primeira vez que as li, porem o tempo me revelou que havia verdades nesta curta frase.

Amamos como se o momento fosse acabar amanhã (E talvez acabe). Sentimos como se não houvesse qualquer outra oportunidade de o fazer na vida (E talvez não haja). Escrevemos como se nossas vidas dependessem de cada palavra rabiscada no papel, como se o mundo fosse acabar caso parássemos de o fazer. Vivemos como se cada segundo fosse um passo mais perto da eternidade, quando em verdade é a mortalidade que nos aguarda no limiar do tempo que nos resta.

Aceito que sou tolo, por ter em mim mais do que posso comportar. E para não enlouquecer, tenho de escrever e versejar.

Seguimos na luta da vida, almejando paz e amor. Escrevendo para manter a sanidade e a vida.

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