terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fragmento de um pensamento aleatorio

Ah, Deus, o que fazer, o que dizer, o que pensar, o que escrever?
Passei tanto tempo perdido em minha própria solidão, que nunca soube o que é ouvir o coração de outro alguém pulsando por mim. Ah muito, muito tempo atras nasceu um sonho, um sonho no qual o "poeta" encontrava sua musa inspiradora, sua "Bella Dama", mas este sonho morreu, porque eu não me lembro, só sei que morreu. Tanta coisa morreu em minha alma, mesmo antes de minha maior queda. Não sei o que aconteceu com meu mundo, eu o esqueci, acho que ele deve ter esquecido de mim também, meus sonhos, meus personagens, minhas palavras, tudo e todos devem me repulsar agora, porque um dia eu os abandonei, os deixei ao relento, os deixei sem um proposito, apenas os deixei, assim como deixei a mim mesmo de lado.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Dois fragmentos do livro O Vendedor de Sonhos - O chamado, um dos livros que farão parte da minha coleção(um dia...):


"Seja anulado no parêntese do tempo o dia em que
este homem nasceu!
Que na manhã desse dia seja dissipado o orvalho que
humedecia a relva!
Que seja retida a claridade da tarde que trouxe júbilo
aos caminhantes!
Que a noite em que este homem foi concebido seja
usurpada pela angústia!
Resgate-se dessa noite o brilho das estrelas que
pontilhavam o céu!
Recolham-se da sua infância seus sorrisos e seus medos!
Anulem-se da sua meninice suas peripécias e suas aventuras!
Risquem-se da sua maturidade seus sonhos e pesadelos,
sua lucidez e suas loucuras!"

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro de que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar das minhas ideias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que vende sonhos para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo."

(edt 22/12)
Aquela que busca por si mesmo, as vezes se depara com coisas que não podia imaginar que existissem. Somente aquele que erra percebe as verdades do mundo, somente aquele que se machuca pode saber a dor de viver, somente aquele que se arrepende pode ser capaz de entender os erros alheios, somente quando as lágrimas caem é que se descobre que, por mais que alguém tente negar, todos somos apenas humanos, frágeis, tolos, meramente mortais. No dia em que eu morrer, não quero lágrimas, quero que contem quem fui, não só o individuo que faz graça, o garoto bonzinho com o qual as pessoas se divertiram uma vez ou outra, quero que digam quem fui de verdade, não só o lado bom, mas também o ruim, e alguns sabem muito bem do que falo. Não peço por flores ou homenagens, tudo que peço é que em meu epitáfio estejam as seguintes palavras: Eis aqui um tolo, que passou boa parte da vida tentando achar ao seu redor o que sempre esteve dentro de si mesmo. Eis aqui um sonhador, que sonhou os sonhos mais tolos do mundo, que viu seu mundo ruir por vezes, mas que ainda assim prosseguiu até não poder mais usar as asas de sua imaginação. Eis aqui um mero humano como qualquer outro, que um dia viveu uma vida, teve uma historia para contar, mas que agora só vive, só sonha e só conta suas historias na mente e no coração daqueles que deixou para trás. Eis aqui um alguém que viveu o suficiente para amar, odiar, chorar, se arrepender, cair e se levantar, quantas vezes foi preciso, pois apesar de toda a fragilidade e insegurança da vida humana, eis aqui um alguém que viveu até o fim de seu fim.