Há sofrimentos em minha alma, maiores do que eu mesmo.
E palavras brotam de meus dedos, vindas de meu coração.
Sentimentos passados, reprimidos, não vividos.
Lágrimas correm pelo rosto, e eu não consigo me controlar.
Achei que tivesse me livrado dos espinhos, mas ainda há algo
a me machucar.
Amores passados, enterrados, não vividos, todos vem me
atormentar.
E a melodia me machuca, como nunca antes veio a machucar.
Palavras não ditas, ações não tomadas, tudo se tornou um
emaranhado de arrependimentos,
E agora o coração derrama tudo que esteve preso, como uma
tormenta, uma tempestade em mim.
Tudo que não foi vivido, apenas imaginado, deixa o coração
ferido, tão cheio de cicatrizes e dor.
E o poeta segue declamando amores, de passados longínquos, palavras
de meu mais puro e sincero amor.
Amei-te amada minha, tu que não nomearei, amei-te amada
minha, pra quem nunca vim a me confessar, amei-te amada minha, mesmo que nunca tu
venhas a me amar, amei-te amada minha, mesmo que apenas no imaginar, amei-te
amada minha, tu que nunca irei encontrar.
Amores passados, enterrados, não vividos, não lembrados,
confesso que estive enamorado, por seus olhos, seus sorrisos, por seus cheiros,
por suas mentes, suas almas e seus corações.
Amei-as no silencio de minha indecisão; amei-as nas palavras
ensaiadas, nunca ditas; amei-as no âmago de minha emoção; amei-as do fundo de
meu coração.
A saudade do que nunca foi vivido, dói e fere o coração, mas
lhe peço meu amigo, continue a pulsar, a bombear, nem que seja só essa emoção.
Confesso o não confessado, e assim os arrependimentos deixam
de aqui estar, o poeta enamorado, declama amor, mas pra quem, já não consegue se
lembrar.