sábado, 28 de junho de 2014

Finito

Palavras já não me servem, já não me cabem, só me constrangem.
Vazio sigo mudo, neste mundo imundo.
Desconexo é o reflexo, no espelho em que reflito, em que me fito.
Já cansado dessa imagem, dessa ilusão, desta mentira, eu me vejo sem nada ver em mim.
Queria ter os olhos de Deus, benevolentes, conscientes mas sem malicias.
Queria ser a criança inocente que nem sente quando o mundo desaba,
mas cresci, amadureci (na marra é verdade), vivi uma vida, e agora estou cansado.
Quero meu sétimo dia, quero um descanso de tudo, de todos, mas principalmente de mim mesmo.
Queria não ser assim, mas sou, queria ser mais que isso, mas não sou.
Finito é o infinito do amor.



TODO POETA É UM PERDEDOR!