quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

01/01/2024

A vida segue, e eu em busca de mim mesmo, perco-me em pensamentos.

Nesse constante quebrar-se e consertar-se eu almejo ver a luz no fim do túnel.

As palavras vêm e vão, numa torrente incompreensível. Tento em vão organiza-las em minha mente, mas elas apenas se apresentam na tela do computador, como uma entidade que manipula meus dedos no teclado.

Aos poucos começo a compreender o que meu coração tenta me dizer toda vez que se apaixona. Ele apenas almeja me ver feliz. A dopamina toma conta do indivíduo quando tudo parece cor de rosa, quando me vejo preso nas tramas de minhas paixões.

O que ainda me intriga é o que ele quis dizer com essa última experiência. Parece-me tão tolo crer em algo fora de contexto, como esta paixão tão fugaz que me abalroou, a tal ponto que me trouxe de volta as palavras, as poesias e os textos.

Como uma mariposa eu voei ao redor do fogo de uma paixão ilusória. E me deixei queimar, por puro desejo de sentir algo outra vez.

Estou ficando velho e cansado de tentar entender tantas coisas, tantos sentimentos, tantas pessoas.

Por qual caminho devo seguir? Por qual estrada devo trilhar?

Almejo encontrar algo, que deveria estar aqui dentro, mas que parece estar ausente de mim.

As palavras não se completam, tudo parece confuso e sem um nexo exato, como uma conversa de bêbados.

Meus sentimentos turvam minha mente, e ajo como uma criança birrenta, incapaz de interagir com aquilo que me atormenta.

Sento para conversar com meus demônios e eles só elogiam o quão idiota eu sou, e pedem que prossiga assim pelo resto da existência.

Eu não sei o que quero dizer, mas algo em mim, me leva a estar aqui novamente, digitando palavras para fora do coração. Talvez seja só uma limpeza de ano novo. Talvez eu só precise desabafar com alguém. Talvez eu só precise de alguém...

Por mais que minha razão entenda que não era para ser, meu coração se recusa a aceitar...

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