Não sei bem o que fazer com minha poesia ou com minha filosofia.
As palavras continuam a surgir, os sentimentos ainda estão em mim.
Sinto que me perco constantemente, mesmo encontrando verdades absolutas.
E por isso me flagro pensando, será que existe mesmo neste mundo, alguma coisa que seja absoluta?
O humano finge não sentir, pois é necessário desapegar, para na filosofia prosseguir.
Sacrifícios tem de ser feitos, quando se almeja um propósito elevado, disse um sábio um dia. Entendo a premissa, mas é mais difícil do que parece, seguir o citado.
Houve calmaria, quando compreendi que sou só um grão de areia na vastidão, mas a vida é tempestade e eu estou no meio desse furacão.
Vivo em um eterno dilema, entre o que sou, o que almejo me tornar e como reajo na realidade da vida.
É difícil conviver com as pessoas. Não há manual de instruções sobre como se deve ser, sobre como se deve portar. Então vamos de improviso, pois afinal é preciso viver, até que a morte venha me buscar.
"Todos os caminhos levam a morte, perca-se", já dizia Jorge Luis Borges. E eu que vivo perdido, estaria no caminho correto então?
"A vida é sua, estrague-a como quiser", disse Antônio Abujamra. E é o que achei estar fazendo a vida toda, estragando-a como achei melhor, como achei mais correto, apesar de ainda assim estar sempre na espera da aprovação alheia, ledo engano de minha parte.
Quando em solidão, tudo parece mais simples, não há quem me julgue, não há de quem esperar aprovação. Mas sou humano, bicho de sociedade, então não há como me manter como um ermitão.
Almejo respostas e amor. Alcanço filosofia e poesia.
Haveria no mundo alguém que aceitasse minha contradição?
Um poeta/filosofo perdido entre sua razão e sua emoção.
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