segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Papillon


 

O peito aperta, o coração palpita, a boca fica seca, e a mente vagueia por lembranças e imaginações de futuros irreais.

Afrodite me pegou de novo, me laçou e está me destruindo aos poucos. Uma vez mais Eros me acertou com uma de suas flechas.

 Me sinto inquieto, ansioso, temeroso. Não me concentro em nada.

Tudo que vem a minha mente são aqueles olhos verdes e aquele sorriso encantador.

Estou apaixonado outra vez, e dessa vez por Pappilon, que não sai de minha cabeça.

Sei que não passa de outra ilusão de minha mente, que é só algo platônico outra vez, mas está me consumindo de uma forma que não acontecia a muito tempo. Talvez o fato de eu ter me fechado para o amor por tanto tempo tenha me deixado vulnerável as borboletas no estomago.

Talvez esta torrente de palavras que me brotam dos dedos esteja me influenciando. A todo momento sou acometido por palavras de amor, por frases de desejo, por poemas idílicos, exaltando toda a beleza e sensualidade de uma mulher que não sai de meus pensamentos, e que achou morada em meu coração, sem me oferecer de volta tal gentileza.

Sinto-me entorpecido, fraco, minha mente vagueia sem rumo, meus pensamentos me levam aquele sorriso que me abala as estruturas e me domina, e tudo que posso fazer é escrever e escrever, sobre aqueles lábios que não vou provar, aquelas curvas que não vou tocar, aquelas tatuagens que se escondem por baixo de suas roupas que nunca verei.

“A paixão me pegou, tentei escapar não consegui, nas grades do meu coração, sem querer eu te prendi”

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