
Ela era o sorriso; eu a amargura
Ela era a alegria; eu a melancolia
Ela era a vida e eu um mero apaixonado pela morte
Ela sorriu para mim; eu desviei o olhar
Ela acenou para mim; eu envergonhado fiz o mesmo
Ela veio e me encantou por ser tudo que era; e eu ainda me pergunto: O que ela viu em mim?
Ela me beijou sem exitar; eu me esquivava sem pensar
Ela via no mundo uma beleza inigualável; eu só via no mundo tristeza e uma desesperança inesgotável
Ela me contou que queria viver; eu confessei que se pudesse nem chegaria a nascer
Ela contava cada minuto como um pouco mais de vida; eu via em cada minuto uma maior proximidade da morte
Ela dizia me amar; eu insistia em não me importar
Um dia ela chorou sem um porque; e eu apenas fingi não perceber
E então um dia ela morreu; e eu sozinho fiquei
Ela tinha tanta vida em si, mas partiu; eu só via a morte em mim e continuo a viver
Ela era o que existia de mais belo em mim, em minha vida
Ela faz tanta falta, ela me completava e agora sem ela eu não sou nada.
03/09/2009
Sabe que teus textos sempre me comovem...
ResponderExcluirEstou lendo Dr. Fausto, conta a vida de um músico que vendeu a alma ao diabo para realizar a grande obra da sua vida. Ainda to no inicio, mas parece que ele vê a música matematicamente, de uma maneira tão desprovida de sentimento, que chego a ficar triste. É completamente diferente do que você escreve, e mesmo que seja triste, fico feliz, por que você escreve com sentimento, e eu posso sentir.
^^/
Vc sempre me deixa sem palavras Cacau-chan....
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