quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Num vagão de metrô

Em meio a multidão a solidão impera.
Nada importa, ninguém importa, ninguém se importa...
Ela esta só, em meio a um mundo que não a compreende. Esta só e cansada, tudo que deseja é chegar a seu destino sem ser perturbada, sem que ninguém a atormente.
Ela despreza os olhares que a fulminam com desejo. Ela é bela e triste e eu a desejo.
Cobiço não só seu corpo, mas sua alma e seu mundo.
O que se passa nessa mente e nesse coração?
Haveria tanta beleza por dentro quanto há por fora? Haveria tanta tristeza em seu âmago, que acaba por se refletir em seu semblante?
As questões ficam no ar, assim como minha cobiça e meus desejos, pois no fim eu a deixo em sua solidão enquanto me perco na minha própria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário